Conflito de Interesse

de Eduardo Seiti

Todos querem ganhar. É a palavra mágica que motiva qualquer pessoa ou empresa. Mas é ético buscar ganhar em tudo? Quando é ético e quando pode ser considerado não ético?

Ética é uma definição muito aberta, e cada grupo tem a sua ética. Vou definir o que pode ser considerado ético no nosso querido mercado de balões.

Para nós, ser ético e ganhar dentro das nossas atribuições sem roubar. Roubar e tirar algo que não é seu.

Exemplos mais simples : Se você pagar para um funcionário de um concorrente para que ele pegue ingenuamente o cadastro dos clientes do seu patrão e traga para você, isto é roubar! Se um cliente entrou em contato com você e você conseguiu conquistar este cliente do seu concorrente por preço ou qualidade, isto não é roubar!

Além do roubo, os conflitos de interesse contra o mercado de balões poderiam se encaixar como exemplos não éticos. Estes conflitos de interesse destroem o mercado de balões de forma drástica.

O caso mais comum é quando um decorador passa a vender balões para outros decoradores. A fábrica permite que um decorador seja privilegiado em relação ao outro. A cada trabalho de um decorador honesto é obrigado, por conveniência da fábrica, a dar uma parte do seu suado lucro para outro decorador desonesto. Melhor que um distribuidor ou um representante exclusivos façam este trabalho. Quem perde é o decorador.

Outro caso é quando um grande funcionário de uma empresa usa o seu poder para concorrer com os próprios clientes pertencentes à empresa que o emprega. Ou seja, quando deveria incentivar a venda dos distribuidores, torce contra os mesmos, pois ele próprio monta desonestamente uma distribuição de balões para os decoradores, matando os distribuidores honestos. Quem perde é a fábrica.

Outro caso muito comum é um representante vender aos lojistas e ao mesmo tempo abre uma loja para vender desonestamente aos decoradores diretamente no varejo. Concorre deslealmente com o distribuidor honesto e destroi a marca da fábrica de balões que este representa. Quem perde é a fábrica.

Um caso que destroi o mercado é o distribuidor de balões passar a decorar, concorrendo desonestamente com os seus próprios clientes decoradores. Quem perde é o decorador e o cliente consumidor de balões.

Exerço o meu papel no mercado de balões como formador de opinião, e esperando que a cada ano o mercado cresça de forma saudável e permanente. Casos como estes não ajudam o mercado, pois quando os decoradores e distribuidores sumirem, e a fábrica deixar de fornecer os produtos que um decorador necessita, o mercado no todo será prejudicado.

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